Mensagem da Diretoria-Executiva

O ano de 2021 foi extremamente desafiador para os investimentos no Brasil. Para enfrentar a pandemia, o Governo Federal injetou muitos recursos na economia, e paralelamente, o Banco Central reduziu drasticamente a taxa básica de juros até o patamar de 2,00% ao ano, algo inédito na história do país, entregando juro real negativo.

O montante gigantesco de estímulo fiscal (gastos dos governos) e estímulo monetário (juros muito baixos e impressão de dinheiro) no mundo fez com que o consumo voltasse mais rápido e mais forte que o esperado, causando um desequilíbrio nos mercados. Como a produção não acompanhou a demanda, vimos uma forte alta nos preços dos bens e, em menor grau, dos serviços. Os preços das commodities dispararam, com destaque ao petróleo, que praticamente dobrou de preço em curto espaço de tempo, pressionando toda a cadeia de produtos  ao redor do mundo.

A taxa Selic iniciou o ano em 2,00% ao ano e encerrou em 9,25% ao ano, apresentando uma taxa média de 4,40%. Ou seja, considerando a inflação acima de 10,00%, o juro real foi bem negativo, tornando 2021 um ano totalmente atípico e desafiador para o mercado brasileiro.

Para finalizar o ano, o Brasil ainda enfrentou um processo preocupante de perda de credibilidade fiscal, com o Governo e o Congresso sinalizando que mudariam o teto de gastos para acomodar mais despesas correntes, como o Auxílio Brasil e outros programas de transferência de renda. Esse movimento foi visto como quase um rompimento do teto. As taxas de juros no país passaram a subir, com os prefixados atingindo patamar superior a 12,00%, e o mercado financeiro precificando o caos e a incerteza fiscal.

Os ativos de risco no país, ou seja, os títulos públicos prefixados e indexados à inflação, a bolsa e a nossa moeda, apresentaram resultados muito aquém do esperado. No ano, o IRF-M, índice que representa os títulos públicos prefixados, apresentou rentabilidade de -1,99%, enquanto o IMA-B, que representa os títulos públicos indexados à inflação, rentabilizou -1,26%. O IBOVESPA, principal índice acionário brasileiro, rentabilizou -11,93% no ano, enquanto a nossa moeda desvalorizou 7,39% frente ao dólar.

A MSD Prev apresentou retorno positivo de 1,38% no acumulado do ano. Olhando a carteira por segmentos, a renda fixa, que representa a maior parcela dos investimentos e contempla basicamente os títulos públicos e privados, rentabilizou 2,43%, abaixo do CDI – sofrendo principalmente por causa dos títulos públicos prefixados (IRF-M) e indexados à inflação (IMA-B), ambos negativos conforme apresentado acima. A renda variável, que contempla o mercado de ações, apresentou retorno de -14,06%. Por outro lado, os investimentos no exterior apresentaram retorno de 32,71%. O segmento de estruturados, que contempla fundos multimercados, rentabilizou 2,45% no acumulado do ano. Em resumo, os investimentos da MSDPrev foram impactados pelo cenário adverso, principalmente a parcela de renda variável, o principal redutor de performance no acumulado do ano.

A administração da MSD Prev está atenta aos movimentos de mercado, e já efetua mudanças significativas nos investimentos. Está reduzindo a alocação no gestor que apresentou performance inferior e, adicionalmente, diminui o risco consolidado da carteira de investimentos, alocando recursos em ativos mais conservadores, principalmente na estratégia de renda fixa.

Boa leitura!

Diretoria-Executiva